“Bulgarian Child Eating a Rat” Salvador Dali, 1939


Quando eu era criança eu tinha um panfleto ou revista de artes que sempre me chamava atenção. Uma delas era o ‘Menino comendo rato’, era como eu o chamava

Os últimos meses foram difíceis, principalmente para mim que interajo com muitas pessoas na internet. Algumas amizades se foram, outras chegaram, algumas tiveram o vínculo fortalecido, outras o vínculo se enfraqueceu, mas fato é que 2020 não foi um ano fácil de lidar. Muitas dessas pessoas sofreram de problemas financeiros, desemprego, ansiedade, depressão, abuso de álcool e drogas, dependência química de remédios e drogas e até mesmo suicídio.

Talvez, por muitos terem o medo ou receio de que, no andar dos acontecimentos, nossa sociedade possa sofrer uma revolução jamais vista pela atual geração, tão de perto. A revolução da miséria, da fome, da violência, da barbárie.

O estado, com suas leis e decretos, políticos, presidente, deputados, governadores, prefeitos, juízes, delegados, promotores, fiscais, isto é, toda a cadeia de comando da coerção contra trabalhadores, parece cada vez mais determinado a levar toda a humanidade ao colapso.

A narrativa é tão perfeita que é capaz de nos jogar uns contra os outros, amigo contra amigo, filho contra pai, irmão contra irmão. Eu não sei aonde isso pode acabar, eu não sei…

A agressão aos libertários (e aqui eu me refiro a qualquer individuo pacífico), é tamanha que infelizmente não teremos opção, a não ser reagir com veemência, e sim, perder vidas no processo.

A defesa da liberdade, ou melhor dizendo, da lei natural, sempre custou vidas. Sempre. Pessoas precisaram morrer para que essa chama se mantivesse acessa e fosse transmitida às gerações futuras. E temo que nossa geração seja a escolhida para que essa chama não se apague.

A segunda onda de falência aos comércios, empreendedores, bares, lanchonetes, lojas, eletricistas, encanadores, mecânicos, construtoras, cozinheiros e muitos outros, está às portas dos paulistas, de acordo com as declarações do governador do estado de São Paulo, João Dória.

Se no xadrez o jogo acaba quando capturamos o rei, é momento mais do que urgente que aqueles que buscam se defender das agressões governamentais, coloquem em prática estratégias para vencer esse jogo.

Nos EUA durante o período da Lei Seca, diversos empreendedores, donos de bares e negociantes usaram de diversas brechas legais e, inclusive, praticaram a desobediência civil, usando do seu direito a propriedade privada, para continuarem a se manterem vivos e produzindo para a sociedade, apesar das medidas estatais e seus decretos.

O povo paulista precisa urgentemente se levantar contra tais medidas para se manter VIVO! Eu sei bem o quanto é difícil superar o medo de ter sua liberdade cerceada, ser preso, coagido, agredido, morto, mas as ações dos agressores serão cada vez piores se nós como povo ficarmos reféns das vontades dos governantes.

A Lei Seca nos EUA não foi extinta por conta daqueles que assinaram um papel. Ela foi extinta em troca das milhares de brigas entre amigos e familiares, de falências, doenças psicológicas, liberdade, e sim… de vidas.

Rezo a Deus para não ver meninos comendo ratos, apesar de achar que seja inevitável caso as pessoas pacíficas se mantenham obedientes.

*Texto escrito por Allens para o MRSP